sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Viscosuplementação na osteoartrite

Muitos pacientes tem me perguntado sobre esta técnica, principalmente àqueles com osteoartrite de joelho, portanto resolvi postar sobre o assunto.
A osteoartrite (OA) também é conhecida como artrose ou osteoartrose. Trata-se de uma doença que afeta pelo menos 20% da população mundial, sendo a terceira causa de afastamento do trabalho. Sua manifestação causa dores e progressivamente vai limitando os movimentos, dificultando a realização das tarefas mais simples.
Apesar de ser bastante associada ao envelhecimento, a OA pode ser estar ligada a vários fatores como: genéticos (sexo, distúrbios genéticos relacionados ao colágeno tipo II, outras alterações genéticas dos ossos e articulações, raça, grupo étnico), não-genéticos (idade avançada, obesidade, menopausa, doenças articulares ou ósseas adquiridas, cirurgia articular prévia) e ambientais (ocupação, trauma articular importante, lesões, ou atividades esportivas) (SATO, 2004). 
Uma das técnicas utilizadas atualmente com o intuito de atenuar as complicações geradas pela OA chama-se viscosuplementação. A viscossuplementação é a reposição do líquido sinovial através da injeção de ácido hialurônico dentro do espaço intra-articular. O ácido hialuronico (AH), é um composto presente em todos os órgãos do corpo. O AH tem a função, por exemplo, de manter o volume da pele a partir do preeenchimento do espaço entre as células e lubrificar as articulações. Sua presença em nosso corpo diminui com o avanço da idade, causando alterações relacionadas a hidratação e elasticidade da pele e lubrificação das articulações. 
Com a infiltração do AH na articulação, temos uma articulação com maior lubrificação, maior volume e diminuição da dor pois irá evitar o atrito entre os ossos que compôe a articulação afetada pela OA. A técnica é realizada após anestesia local, onde o médico habilitado injetará o AH na articulação afetada através de uma agulha especial. O paciente sentirá os efeitos positivos da técnica após a 3ª infiltração para as articulações maiores (ombro, quadril, joelho) e efeito mais rápido para as pequenas articulações (cotovelo, punho, tornozelo). Vale lembrar que os efeitos positivos desta técnica variam muito, dependendo do grau de comprometimento gerado pela doença. Em casos mais avançados, o paciente pode não sentir melhoras, por isso é importante conversar com o seu médico antes de realizar o procedimento.
É sempre importante ressaltar que esta técnica não é milagrosa, ela apenas ajuda na diminuição dos sintomas gerados pela doença. Para diminuir os sintomas gerados pela OA e melhorar sua qualidade de vida, é importante um tratamento multidisciplinar que inclui: fisioterapia, atividade física bem orientada, redução de peso corporal, etc.

Este artigo tem como único objetivo a informação.

Hugo Duarte Campos - Educador físico e fisioterapeuta.

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