sábado, 15 de dezembro de 2012

VIVEMOS MAIS, PORÉM COM MENOS QUALIDADE DE VIDA



ANOS A MAIS DE VIDA TEM MENOS QUALIDADE

Os anos a mais estão sendo vividos com menor qualidade de vida por causa de problemas de saúde.



O aumento da expectativa de vida da população mundial nos últimos 20 anos veio acompanhado de uma má notícia: os anos a mais estão sendo vividos com menor qualidade de vida por causa de problemas de saúde.

Um conjunto de estudos publicados ontem pela revista médica "Lancet" avaliou o impacto das doenças na população global. Pesquisadores de 50 países, Brasil inclusive, analisaram um grande volume de dados, como incidência de doenças, motivos de internação hospitalar e mortalidade em todos os cantos do mundo para produzir um retrato das condições de saúde em 2010.


Um dos artigos, liderado por Joshua Salomon, da Escola de Saúde Pública de Harvard, mostra o descompasso entre a vida longa e a vida saudável. O trabalho comparou as condições de saúde entre 1990 e 2010 em 187 países. Os resultados mostram que um ano a mais de vida corresponde, na verdade, a 0,8 ano vivido com saúde. E quanto mais a expectativa de vida aumenta, maior é o degrau entre a longevidade e a qualidade de vida.

Em 2010, a expectativa de vida saudável média era de 58,3 anos para um homem e de 61,8 anos para uma mulher. Em relação a 1990, isso representou um ganho de quatro anos com saúde, mas a expectativa de vida total cresceu bem mais nesse período (4,7 anos para eles e 5,1 anos para elas).

Isto é, todos vivem mais mas com menos qualidade. 


O problema, dizem os autores, é que os ganhos na saúde observados nas últimas décadas se deveram mais à redução da mortalidade infantil do que ao combate às doenças crônicas e suas consequências.


Transtornos mentais como a depressão são responsáveis por metade dos anos vividos com alguma sequela incapacitante, segundo os pesquisadores Alan Lopez e Theo Vos, da Universidade de Queensland, na Austrália.


A pressão alta é, agora, o maior fator de risco para doenças, causando 9,4 milhões de mortes em 2010, seguido pelo tabagismo e o consumo excessivo de álcool.


Os dados devem servir como alerta para a comunidade global, diz a equipe de Harvard. "As Metas do Milênio [estabelecidas pelas Nações Unidas] se concentraram na redução da mortalidade por causas específicas como HIV, tuberculose e malária. Enquanto isso, a prevalência de doenças incapacitantes mudou pouco."


Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, afirma, no entanto, que o enfrentamento às doenças crônicas começa a ganhar a visibilidade devida. Ele lembra que, no ano passado, a ONU realizou uma reunião de cúpula para discutir o impacto das doenças crônicas e que, em maio de 2013, devem ser estabelecidas metas para o combate a doenças como câncer, diabetes e problemas cardíacos.


Segundo Barbosa, que foi entrevistado para a série de estudos, podem ser decididos requisitos para o acesso a exames de mamografia e câncer do colo do útero, redução no consumo de sal e mortalidade precoce.


"Se não atacarmos as doenças crônicas, as pessoas vão viver mais mas com sequelas de AVC (acidente vascular cebral), amputação por causa de diabetes, diálise." 


FONTE: FOLHA

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Efeitos da associação dos exercícios aeróbios e resistidos na melhora do desempenho cardíaco.

O envelhecimento causa perda de força e massa muscular, isto ocorre pela pela diminuição da área de secção transversal do músculo e perda de unidades motoras. A aptidão cardiorespiratória também sofre declínio devido a diminuição da frequência cardíaca e capacidade de ejeção máxima do coração durante o esforço, isto resulta em diminuição da quantidade de sangue que chega aos músculos. Desta forma, o VO2 max (capacidade de captar, transportar e metabolizar oxigênio nos músculos esqueléticos) do individuo declina, impedindo-o de manter a atividade por muito mais tempo sem que se instale um estado de  fadiga. Estas alterações são comuns ao envelhecimento, mas podem acentuar-se pelo sedentarismo, predispondo a pessoa a doenças cardiovasculares e outras cronico degenerativas.
Estudos recentes demonstram que a combinação de exercícios resistidos (musculação) e aeróbios pelo menos duas vezes por semana é capaz de diminuir a pressão arterial e frequência cardíaca em repouso, assim como sua rápida recuperação após o exercício. A rápida recuperação da frequência cardíaca após ao esforço está ligada a baixo risco de doença coronariana e cardiovascular. Devemos saber que os benefícios de um treinamento composto por exercícios resistidos e aeróbios dependem de sua regularidade e intensidade (que deve ser moderada). 




Referências:

-Mediano MFF, et al. Comportamento subagudo da pressão arterial após
treinamento de força em hipertensos controlados. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2005.

-Jacob W. Atividade física e envelhecimento saudável. Revista Brasileira de Educação Física. 2006.

- Locks RL, et al. Efeitos do treinamento aeróbio e resistido nas respostas cardiovasculares de idosos ativos. Revista Fisioterapia e Movimento. 2012.

domingo, 2 de dezembro de 2012

EVITE DORES NAS COSTAS CUIDANDO BEM DA SUA COLUNA



Nossos problemas posturais e a consequente dor nas costas normalmente teve início na infância, através das posturas inadequadas em sala de aula, da mochila pesada e mal ajustada ao corpo, etc. Portanto, a dor nas costas de hoje é fruto de posturas inadequadas realizadas dese a nossa infância e ao longo de nossas vidas. O grade erro das pessoas é lembrar da coluna quando sentem dores. O ideal é a prevenção através de bons hábitos posturais evitando assim uma velhice menos sofrida e limitada. 

Responsável pela sustentação e movimentação do corpo, a coluna vertebral une delicadeza e resistência. É delicada porque entre suas 33 vértebras passa a medula espinhal - estrutura sensível que funciona como canal de comunicação entre o cérebro e as demais partes do corpo. É resistente porque representa 40% do tamanho do ser humano e proporciona a flexibilidade e os movimentos realizados pelo corpo.

“A coluna é uma estrutura que tem de ser respeitada e utilizada adequadamente”, alerta José Goldenberg, autor do livro Coluna Ponto e Vírgula , especialista em doenças da coluna vertebral, professor livre-docente da Unifesp, reumatologista e membro do grupo de coluna do Einstein.
Segundo o reumatologista, 8 em cada 10 pessoas sofrem ou vão sofrer de dores na coluna ao longo da vida. E isso ocorre porque poucos têm a consciência corporal necessária para manter a postura correta.

As dores

É comum ouvir as pessoas queixarem-se de dor na coluna. Elas podem ser consequência de noites mal dormidas, vícios posturais e esforço acima do normal, entre outros Para facilitar a compreensão das dores e suas causas, foram divididas em três segmentos, correspondentes às partes da coluna:
  • lombar: localizada acima do quadril
  • dorsal: parte central das costas
  • cervical: fica entre a cabeça e o tronco
Dor lombar: está entre as dores que mais acometem o ser humano, perdendo apenas para a cefaleia. Atinge 80% da população adulta com menos de 45 anos. Chamada de lombalgia, afeta a coluna lombar e não é doença, mas um sintoma que pode ter mais de 50 causas diferentes.

Dor dorsal: menos frequente, apresenta características próprias. A dor acomete a região torácica posterior (região das costas).
Dor cervical: é caracterizada por dor e rigidez transitória na região entre o tronco e a cabeça e tem causas diversas. Costuma se manifestar mais em idosos, profissionais que executam atividades braçais ou que adotam vícios posturais.

Todas essas ações têm como protagonista a coluna. E cada vez que são realizadas de forma incorreta, prejudicam a postura e, consequentemente, a coluna. Esse desgaste, somado durante anos, pode resultar em problemas como a escoliose.Ao longo do dia, quantas vezes é preciso sentar, levantar, entrar e sair do carro, carregar sacolas pesadas ou pegar algum objeto que caiu no chão?
Há alguns fatores de risco que colaboram para causar dores na coluna:
  • Excesso de peso
    É o maior inimigo da coluna. Como explica o dr. Goldenberg em seu livro, ao aumentar 10 quilos do peso adequado, o risco para a coluna aumenta em 25%.
  • Sedentarismo
    A coluna agradece a prática de exercícios. Vários fatores fazem das atividades físicas grandes colaboradoras do corpo. Entre eles: fortalecimento muscular, aumento da flexibilidade e melhora da irrigação sanguínea das fibras musculares da região dorsal.
  • Carregar peso de forma excessiva
    Apoiar bolsas ou sacolas pesadas em um só lado do corpo pode agravar as dores na coluna.
  • Cigarro
    Tem substâncias que prejudicam a circulação sanguínea. A menor irrigação dos vasos nos discos vertebrais que protegem a coluna faz com que esses percam a maleabilidade. Como sua função é absorver os impactos que a coluna sofre no dia-a-dia, é como se ficássemos sem nosso “amortecedor” natural.
  • Idade
    É o único fator de risco que não pode ser alterado. As pessoas com mais de 60 anos têm mais chances de sofrerem de dores na coluna. O que pode ser feito é desenvolver a consciência corporal ao longo da vida.
  • Falta de consciência corporal
    Saber como levantar da cadeira e da cama, como se sentar adequadamente, como se vestir e até escovar os dentes e cortar os alimentos fazem parte da consciência corporal.
  • Reeducação Postural
    Adotar hábitos de vida saudáveis, como praticar atividades físicas, manter o peso adequado e não fumar colaboram para a saúde da coluna. Entretanto, boa parte das dores é causada por problemas de postura incorreta. Nesses casos, além dos hábitos saudáveis é preciso se valer da reedução postural.
Conheça as dicas dos especialistas em coluna do Einstein:
  • Sentar-se com conforto
    Apoie as costas no encosto da cadeira, de maneira que os joelhos fiquem acima do nível do quadril e os pés fiquem bem apoiados no chão. Se possível, use ainda apoio para os pés e prefira cadeiras com braços, pois não forçam a coluna e facilitam o ato de levantar.
  • Divisão de peso
    Na hora de carregar bolsas, malas e pacotes, divida os pesos igualmente nos dois lados do corpo. Levar tudo em um dos braços pode trazer complicações e dores na coluna.
  • Levantamento de objetos
    Para levantar qualquer objeto do chão, dobre os joelhos (fique de cócoras). Assim o peso será absorvido pelos músculos das pernas e não pela coluna vertebral. Jamais curve apenas as costas para alcançar e levantar qualquer objeto, mesmo os mais leves.
  • Entrar e sair do carro
    Tanto para entrar como para sair do automóvel fique sentado, gire as pernas e o tronco ao mesmo tempo (para dentro ao entrar; para fora ao sair do veículo). É importante evitar torcer as costas.
  • Máximo alcance
    Use banco ou escada sempre que o objeto estiver numa altura acima de sua cabeça. Nunca estique as pernas nem force a coluna para alcançar o que deseja.
  • Bem-vestido
    Vista as roupas sentado. Sua coluna agradece. Calçar meias e sapatos e mesmo vestir uma calça em pé, dobrando-se para frente, pode causar dores nas costas e na região lombar, devido à torção que a coluna precisa realizar.
  • Tratamentos
    É comum utilizar – e até abusar – de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares quando se trata de dores nas costas. Muitas vezes um desses medicamentos pode bastar para conter a dor. Entretanto, o indicado é sempre procurar um especialista: a dor pode esconder algum problema mais sério e, em todos os casos, descobrir sua origem é fundamental para evitar o agravamento da condição.
Referência: http://www.einstein.br/einstein-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/Paginas/capa.aspx