segunda-feira, 30 de julho de 2012

20 dicas para viver mais e melhor

As Universidades de Medicina de Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com 20 Conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual:

 

01- Um copo de suco de laranja diariamente para aumentar o ferro e repor a vitamina C .

02- Salpicar canela no café (mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).

03- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral
O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro que tem o pão branco.

04- Mastigar os vegetais por mais tempo.
Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no
corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os
vegetais, melhor efeito preventivo têm.

05- Adotar a regra dos 80%:
Servir-se menos 20% da comida que costuma comer, dessa forma, você evita transtornos
gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração. Portanto, fuja dos rodízios!

06- LARANJA - o futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.

07- Fazer refeições coloridas como o arco-íris.
Comer DIARIAMENTE, uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.

08- Usar molho de tomate na comida.
O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento
dos tumores; Obs: Ele é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos.

09- Limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente.
As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água sanitária ou quente pelo menos quatro vezes à semana, sobretudo após doenças, quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.


10- Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua
memória...

Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos; escreva, estude, aprenda. Sua mente agradece e seus amigos também, pois é interessante conversar com alguém que tem
assunto. Assista menos novelas!

11- Usar fio dental e não mastigar chicletes.
Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que
mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.

12- Rir.
Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos. Uma boa dica: desenhos do pica pau!

13- Não descascar com antecipação.
Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer. Sucos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados.

14- Ligar para seus parentes/pais de vez em quando.
Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã. Evite ligar somente quando precisa de dinheiro emprestado!

15- Desfrutar de uma xícara de chá.
O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração. Chá de gengibre é ótimo.

16- Ter um animal de estimação.
As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem você sentir-se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourado pode causar um bom resultado. Só que lembre-se: Você vai precisar limpar as sujeiras do bichinho e tudo mais...mas vale a pena!

17- Colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche.
Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School; vantagens outras são conseguidas atráves de verduras frescas.

18- Reorganizar a geladeira.
As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso, é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo ou guardar em um tape ware escuro e bem fechado.

19- Comer como um passarinho.
A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.

20- Uma banana por dia quase dispensa o médico
Vejamos: Pesquisa da Universidade de Bekeley:
"A banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capacidade mental, cura ressacas, alivia azia, acalma o sistema nervoso, alivia TPM, reduz risco de infarto, e tantas outras coisas mais, então, é ou não é um remédio natural contra várias doenças?"

E, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida:

- Comer chocolate.
Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de
ferro, magnésio e potássio.


- Pratique exercícios físicos
Escolha uma atividade agradável e ideal para sua necessidades e tenha disciplina (ir um dia na academia e faltar uma semana não é benéfico). Consulte o médico e faça uma avaliação física antes de começar. 

- Pensar positivamente .
Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, pegam gripes e resfriados mais facilmente, são
menos queridos e mais amargos.
 
- Ser sociável.
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais
saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a
família.

- Conhecer a si mesmo .
Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o
'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter
qualidade de vida...

Não parece tão sacrificante, não é verdade? Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos...


É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca:
"Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável! Crie bons hábitos e torne-se escravo deles, como costumamos ser dos maus hábitos."

Viver bem é mais simples do que imaginamos, porém o que é simples nem sempre é fácil. O hábito e a disciplina tornam as coisas mais fáceis e agradáveis.

Hugo D. Campos

sábado, 28 de julho de 2012

Ergonomia em sala de aula

Ergonômia é a ciência que estuda a interação entre o individuo e seu ambiente de trabalho. A nível escolar, podemos considerar que a ergonomia é a perfeita interação do aluno com seu ambiente, mais particularmente a sala de aula. É neste ambiente que o aluno vai permanecer grande parte de sua infância e adolescência, é onde ele vai desenvolver as potencialidades que lhe ajudarão a se tornar um individuo capaz transformar o mundo onde vive.
Para iniciarmos, um grande problema enfrentado pelas crianças em idade escolar está relacionado ao mobiliário escolar. Várias pesquisas demonstram que as alterações posturais do adulto, podem ter início nos primeiros anos da vida escolar. O mobiliário escolar inadequado ou a sua má utilização pode acarretar danos a postura da criança que se perpetuará durante a vida adulta, comprometendo significativamente sua qualidade de vida. Além dos problemas relacionados a saúde, um ambiente escolar desequilibrado prejudica o processo de aprendizagem, já que aumenta os níveis de stress e compromete a concentração do aluno. 
O primeiro grande problema quando entramos em uma sala de aula é a falta de adequação do mobiliário as dimensões antropométricas dos alunos. É normal encontrarmos crianças de educação infantil, por exemplo, utilizando cadeiras e mesas destinadas a alunos do ensino fundamental.

A NBR 14006 da ABNT, orienta que existam três padrões de tamanhos de mesas e cadeiras para cada fase escolar, esta orientação se faz necessário devido ao fato de que dentro de uma sala de aula com alunos da mesma idade, temos níveis de desenvolvimento diferentes entres eles. 
A mesas e cadeiras são consideradas ferramentas de apoio ao processo de ensino, portanto devem oferecer segurança e conforto ao aluno. As mesas e cadeiras devem ser constituídas de material rígido, porém não pesado, deve ser mal condutor de calor, não deve conter peças ou pedaços que se soltem com facilidade, oferecendo riscos a integridade física do aluno, seu tampo deve ser de material fosco, suas bordas devem ser arredondadas, deve permitir fácil limpeza, seu formato deve ser retangular para facilitar as mudanças no arranjo da sala de aula e o local destinado ao material escolar deve ter recuo para facilitar a movimentação do aluno.
A altura da superfície de trabalho das mesas deve ser tal que os cotovelos apoiem-se sobre a mesa ou estejam numa altura ligeiramente inferior, em relação à sua superfície.
A cadeira deve oferecer espaço para acomodação das nádegas, o encosto deve compreender a região lombar e parte da torácica, deve haver espaço entre a parte posterior da perna e borda frontal do assento que deve ser arredondado, os pés devem estar integralmente apoiados no chão. O encosto do assento deve ser de no mínimo 100º e no máximo 105º.

A ergonômia de uma sala de aula inclui outros aspectos como iluminação adequada, salas bem arejadas e pintadas com cores claras claras, nunca sobressaindo aos argumentos pedagógicos. Os níveis de barulho no ambiente escolar também podem comprometer o aprendizado, portanto deve-se ter cuidado com o que acontece fora da sala de aula. 
Finalizando, a melhora do ensino no Brasil depende de vários fatores e a ergonômia, com certeza, pode acrescentar muito neste sentido, contribuindo para um ambiente escolar harmonioso e agradável. 


Professor e fisioterapeuta Hugo Duarte Campos

Hipotireoidismo

É frequente, tanto no meu trabalho como educador físico como fisioterapêuta, receber alunos e pacientes com diagnóstico de hipotireoidismo. O hipotireoidismo atinge principalmente mulheres e afeta cerca de 10 a 15% da população. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia define o hipotireoidismo como o estado clínico resultante da quantidade insuficiente de hormônios circulantes na tireoide. A tireóide é uma glandula que está localizada na base do pescoço, ela tem formato de borboleta e é responsável pela produção de quantidades adequadas dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Eles são fundamentais para uma série de reações no corpo humano, sendo que a tiroxina tem a função de estimular o metabolismo das células do organismo.
No início, o hipotireoidismo pode ser confundido com fadiga ou até anemia, já que a pessoa pode apresentar fadiga, cãimbras, retenção hídrica, alterações na menstrualção, etc. A principal forma de identificar alterações no funcionamento da tireóide é através de exame laboratorial que vai mensurar a quantidade de hormônio tireoestimulante (TSH) no sangue, cuja dosagem deve estar abaixo de 4,5 µg/mL ou 5 µg/mL, dependendo do método empregado. Caso necessário, a dosagem no sangue dos hormônios T3, T4 livre, T4 total e dos autoanticorpos tireoidianos, além de ultrassonografia da tireoide (a fim de constatar a presença de nódulos), também podem ser solicitados pelo médico.
O hipotireoidismo pode ser do tipo primário, onde ocorre um mal funcionamento da hipófise (95% dos casos), na qual inclui-se a tireóide de Hashimoto, doença autoimune, onde os anticorpos do individuo atacam a própria glândula. Já o secundário (ou central) recebe esse nome quando o problema está no funcionamento inadequado da hipófise, glândula situada na base do cérebro e responsável por secretar o TSH, hormônio que regula o funcionamento da tireoide. 
O tratamento medicamentoso do hipotireoidismo é simples, normalmente a reposição hormonal é feita através de um comprimido (com dosagem adequada para cada caso) por dia em jejum.
O exercício físico depende da estabilização no funcionamento da glândula e liberação médica já que os hormônios tireoidianos atuam diretamente sobre o sistema cardiovascular, regulando a contratilidade e relaxamento cardíaco (mecanismo central) assim como o tônus vascular (mecanismo periférico). Uma vez que a capacidade funcional é o reflexo da ação integrada dos sistemas pulmonar, cardiovascular e muscular em resposta ao exercício, qualquer alteração nessa engrenagem acarreta impacto em sua resposta.
Dicas importantes:
O iodo é essencial para o bom funcionamento da tireóide, o iodo pode ser encontrado no sal de cozinha, onde sua adição é lei no Brasil;
Estudos mostram que o excesso de peso gerado pela disfunção da tireóide se dá, não pelo excesso de gordura, mas sim pela retenção de líquidos corporais;
O hipotireoidismo não tratado pode causar aumento do mal colesterol (LDL);
O teste do pézinho no recém nascido é essencial para diagnosticar um possível hipoteireoidismo congênito, que pode causar déficit no desenvolvimento intelectual da criança.




Fontes:
- www.einstein.br/einstein-saude/pagina-einstein/Paginas/hipotireoidismo.aspx?utm_source=twitter&utm
- Coelho, E. F.; et al. Intolerância ao esforço no hipotireoidismo subclínico: Implicações para a prescrição de exercícios físicos, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2011.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Verdades e mitos sobre o PRP

O plasma rico em plaquetas (PRP), 
é a nova sensação na reabilitação de lesões musculoesqueléticas em todo o mundo. O PRP consiste em uma concentração de plaquetas do próprio paciente, concentrada em  um pequeno volume de plasma, com a consequente presença de fatores de crescimento liberados por estas plaquetas, além de proteínas osteocondutoras, que também servem de matriz para migração epitelial e formação óssea e de tecido conectivo..
O PRP têm propriedades regenerativas na recuperação de lesões causadas por processos degenerativos ou traumático de tendões, músculos e cartilagens pois nas plaquetas são encontrados altas concentrações dos fatores de crescimento que são um conjunto de proteínas que desempenham importante função de estimular a proliferação celular. O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é obtido através do sangue do próprio paciente que após recém colhido com citrato de sódio como anticoagulante é processado em uma centrifugadora especial para concentrar as plaquetas. Esse, então, é transferido para outro tubo e constitui o Plasma Rico em Plaquetas (PRP). Este processo permite a concentração de grande número de plaquetas em condições de liberar os fatores de crescimento, em um pequeno volume de plasma.
O PRP ou Plasma Rico em Plaquetas é aplicado diretamente no tecido danificado (ex: articulação, tendão, músculo ou osso) dependendo da necessidade de cada paciente.
A maior vantagem da aplicação do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é que o seu próprio organismo pode estimular a recuperação tecidual de alguma região já danificada.
Existem muitos métodos para obtenção de PRP, cada um com características específicas quanto à capacidade de concentração das plaquetas e ao processo de liberação de determinados fatores de crescimento: ingredientes responsáveis pela cicatrização e crescimento celular. Evidências na literatura mostram que o mecanismo de ação destes fatores não está totalmente esclarecido e mais estudos são necessários para avaliar as suas reais implicações. Estudos de alta qualidade metodológica também descrevem resultados contraditórios ou inconclusivos quanto à adoção deste tratamento, o que pode estar relacionado à ampla variação de técnicas para a obtenção do preparado. A falta de padronização para a obtenção do PRP é uma das maiores preocupações dos clínicos na hora de optar pelo procedimento, uma vez que o preparado pode não se enquadrar na concentração ideal para agir com eficiência sobre as lesões.



O FDA (Food and Drug Administration), agência governamental que lida com o controle das indústrias alimentícias e de medicamentos nos Estados Unidos, aprovou vários métodos e centrífugas para a obtenção dos preparados de PRP; no entanto, o uso do PRP na prática clínica não está totalmente aprovado e torna-se de responsabilidade do médico aplicá-lo. Em 2008, o NICE (The National Institute of Health and Clinical Excellence), o núcleo de maior autoridade em saúde no serviço público de saúde do Reino Unido - NHS, declarou que há evidências insuficientes para permitir o uso do PRP na rotina clínica e que sua utilização deve ficar restrita apenas à pesquisa clínica. Assim, é um mito de que esta prática esteja suficientemente conhecida e aprovada pelos órgãos reguladores de práticas médicas e da indústria farmacêutica.




Enquanto o uso do PRP permanece controverso, a única certeza que se tem é a de que é necessária a produção de novos estudos, que avaliem com precisão as indicações, os efeitos e as limitações deste tipo tratamento, para assegurar que seus efeitos deixem de ser mitos e se tornem verdades de fato.


Referências bibliograficas:


Vendranmin, F.S., Franco, D., et al. Plasma rico em plaquetas e fatores de crescimento: técnica de preparo e utilização em cirurgia plástica. Rev. Col. Bras. Cir. vol.33 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2006.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Férias: Todo cuidado é pouco!

SOS férias
Evite os perigos que estão à espreita dos mais pequenos

As férias são sinónimo de descanso, brincadeiras e muita animação.
Para que tudo corra na perfeição e se evitem erros que podem ser fatais, é necessário estar consciente das armadilhas que uns dias na praia ou na piscina podem esconder.
Com a ajuda da APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil) e os conselhos de uma pediatra, a saber viver ajuda-a a prevenir os principais acidentes infantis.
Em viagem
Antes de partir, certifique-se de que a cadeirinha do seu filho respeita as normas de segurança (o uso da cadeira infantil é obrigatório até aos 12 anos de idade e/ou 1,50 m de estatura) e que todos colocam o cinto, mesmo no banco traseiro.
«Para além de uma condução consciente, é importante definirmos regras de comportamento para os mais pequenos», refere Helena Botte, responsável da APSI, adiantando que «a utilização de cadeiras adaptadas à idade, tamanho e peso da criança são a única forma de a proteger em viagens de carro. Em caso algum (fome, birras, cansaço...) a criança deve ser retirada da sua cadeira com o carro em andamento, pois no futuro torna-se mais difícil a aceitação deste dispositivo de segurança».
Durante a viagem, a pediatra Ana Margarida Neves aconselha ainda a fazer «paragens de duas em duas horas e a reforçar a ingestão de líquidos».
Alojamento
Segundo Helena Botte, «antes da escolha de uma casa ou hotel, tente saber mais informações, nomeadamente ao nível da segurança». Chegados ao destino, o reconhecimento do local e espaços envolventes é uma prioridade.
Veja se há piscina, poços, tanques, rios, lagoas, arrecadações, linhas de comboio, estradas ou cães à solta, por exemplo. Dentro de casa, verifique o tipo de protecção das varandas e escadas, bem como se há tomadas expostas.
É também muito importante saber onde encontrar apoio médico e «reunir os contactos de determinados serviços, como os bombeiros, o centro de saúde e o Serviço de Urgência Hospitalar mais próximo», sugere.
Praia
Ao contrário do que se possa pensar, os pais estão alerta para os riscos da água quando vão à praia.
Os casos de afogamento são mais frequentes «em ambientes construídos, como piscinas, poços, tanques, banheira e alguidar», refere Helena Botte. Contudo, na praia outras preocupações não podem ser descuradas.
«Para além de evitar as horas de maior calor, é importante usar um filtro solar de alta protecção», defende Ana Margarida Neves. A pediatra alerta ainda para as necessidades alimentares.
«As crianças devem comer a cada duas horas, preferencialmente iogurtes com bífidos e gelados de leite para regularizar o aparelho intestinal, afectado neste período. Devem beber água e evitar alimentos mal acondicionados ou contendo maionese e cremes».
Na piscina
Aparentemente inofensivas, as piscinas insufláveis são perigosas, pelas grandes dimensões e bordos flexíveis, e exigem vigilância permanente. «A cabeça de uma criança com nove meses pesa 25 por cento do peso total do corpo, o que provoca desequilíbrios com risco elevado de afogamento, quando se debruça para a água», alerta a responsável da APSI.
As piscinas familiares devem ter vedação (não escalável e com altura mínima de 110 centímetros) e um portão que abra para o exterior, de fecho automático, cujo trinco seja de difícil acesso às crianças.
Nas piscinas colectivas certifique-se de que existem nadadores-salvadores, equipamento de salvamento e que o acesso é vedado quando estão sem vigilância. Uma vez na água os mais pequenos devem usar sempre braçadeiras, aprovadas para a sua idade e peso, com duas câmaras-de-ar e válvula anti-esvaziamento.
Texto: Raquel Pires com Helena Sacadura Botte (secretária-geral da APSI) e Ana Margarida Neves (pediatra)

Fonte:
http://babiesboom.blogspot.com.br/2009/08/sos-ferias.html

quarta-feira, 4 de julho de 2012

DOR CIÁTICA - TRAVEI E AGORA?



As clínicas de fisioterapia, recebem todos os dias, pessoas com crise do nervo ciático. A dor ciática ou ciatalgia é uma condição dolorosa que limita os movimentos dos membros inferiores e, em estágios mais avançados, chega a ser incapacitante. Sendo mais prevalente em individuos com idade acima de 30 anos, pode ocorrer tanto em pessoas sedentárias como em fisicamente ativas. 
O nervo ciático ou esquiático é o maior nervo do corpo humano, sendo responsável pela sensibilidade do pé e da maior parte da perna, motricidade dos músculos posteriores da coxa, região proximal da perna e músculos do pé. A dor ciática tem sua origem na compressão nervosa, sendo a hérnia de disco, a sua causa mais comum. Seus sintomas são: dor lombar e dor ao longo do trajeto do nervo, além de fraquesa e distúrbios sensoriais do membro inervado por este nervo. A compressão do nervo resulta em dificuldade na nutrição, gerando quadro doloroso intenso, desencadeamento de dores intensas ao menor estimulo, perda de sensiblidade, dores na ausência de qualquer estimulo, paralisia completa ou diminuição dos movimentos.


Travei! e agora? Calma, não deixe ninguém torcer, dar tranco ou puxões na tentativa de colocar alguma coisa no lugar!  Devido a um movimento brusco ou uma sobrecarga, seu nervo ciático foi pressionado e tudo que você tem que fazer agora é ficar parado, repouso! Deite-se, busque a posição mais confortável e assim que as dores aliviarem, procure seu médico ou fisioterapêuta. Antiinflamatórios poderão ser prescritos pelo seu médico. Não faça a auto medicação, pois além de não fazer o efeito esperado, pode ser prejudicial a sua saúde!

Tratamento fisioterapêutico: A ficioterapia terá o objetivo de diminuir as dores e a inflamação. O fisioterapêuta poderá lançar mão de técnicas de terapia manual, que poderão ser úteis para relaxar a musculatura. Também poderão ser usadas técnicas de tração e descompressão do nervo ciático e das estruturas posturais da coluna vertebral que promovem a força descompressiva no eixo da coluna, aumentando assim o espaço intervertebral. A eletroterapia é indicada e irá aliviar as dores. O ultrassom vem sendo bastante empregado nas ciatalgias com excelentes resultados, segundo Moore et al., o tratamento com ultrassom pode induzir mudanças fisiológicas que aumentam o reparo tecidual após a lesão, diminuindo o quadro de dor. No decorrer do tratamento serão realizados exercícios ativo assistidos de alongamento e fortalecimento muscular. 
Pessoas que já sofreram crises do nervo ciático, assim como outras complicações relacionadas a coluna vertebral, devem adotar bons hábitos posturais e evitar movimentos e situações que coloquem em stress as estruturas da coluna.  
Dicas para manter sua coluna saudável:

Fig. 1: Dobre os joelhos para apanhar um objeto.



Fig. 2: Preste atenção na sua postura ao dirigir, usar o computador ou caminhar:



Fig. 3: Alongue-se:


Fig. 5: Reabilitação postural global (RPG):



Fig. 4: Pratique atividade física:



Atenção: Este artigo tendo como única finalidade a informação, e divulgação da fisioterapia e contribuir para a qualidade de vida das pessoas.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Vivendo sem dor - Dicas de postura

Ergonômia é a ciência que estuda a relação entre o individuo e seu ambiente de trabalho. Neste contexto, existem três fatores que, juntos contribuem para instalação ou manutenção de problemas relacionados a coluna vertebral, são eles: mobiliário inadequado, posturas inadequadas na realização das tarefas laborais e manutenção de posturas únicas.
Hoje, vou falar sobre um erro comum, tanto em ambiente de trabalho como nas atividades domésticas, que é a flexão de tronco.
Durante as flexões e extensões de tronco (ato de dobrar a coluna para apanhar um objeto do chão, por exemplo), fazemos com que a parte interna do disco empurre suas camadas externas para as regiões póstero-laterais, desenvolvendo fissuras, fazendo com que o núcleo do disco migre para estas regiões fragilizadas. As camadas externas das fibras do disco podem conter o material nuclear enquanto ainda são uma camada contínua. Após uma lesão, há a tendência de o núcleo edemaciar-se (inchar) e distorcer o anel, gerando os abaulamentos ou protusões. A distorção é mais grave na região onde as fibras anulares são alongadas. Se as camadas externas se romperem, poderá ocorrer extrusão do núcleo do disco ou material nuclear através das fissuras, ocorrendo o que conhecemos como hérnia discal.


Portanto, se o seu trabalho exige movimentos de flexão e extensão de tronco, você precisa desenvolver a capacidade de agachar-se como facilidade e eficiência, para isso, precisa ter joelhos saudáveis. Lembre-se: Joelhos saudáveis, coluna saudável.
Se você sente dores no joelho ao agachar-se, subir escadas, etc., procure um médico ou seu fisioterapêuta para reabilitá-lo. O agachamento é o exercício mais funcional para os joelhos, pois simula movimentos que realizamos em nosso dia a dia.


Atenção, este artigo tem como única finalidade, a informação. Toda atividade física deve ser orientada por um profissional competente.


Hugo D. Campos - Professor de educação física e fisioterapêuta.