sexta-feira, 27 de maio de 2016

O que é Osteopatia?

Osteopatia é um sistema autônomo de cuidados de saúde primário, que se baseia no diagnóstico diferencial, bem como no tratamento de várias disfunções e prevenção da saúde, sem o auxílio de fármacos ou cirurgia. A Osteopatia enfatiza a sua ação centrada no paciente, ao invés do sistema convencional centrado na doença. A profissão de Osteopata é uma profissão de saúde distinta, com uma formação acadêmica superior e treinos clínicos específicos. A Osteopatia utiliza várias técnicas terapêuticas manuais entre elas a da manipulação do sistema musculoesquelético (ossos, músculos e, articulações) para ajudar no tratamento de doenças.

Osteopatia foi criada pelo médico americano Andrew Taylor Still por alturas da guerra civil americana nos finais do séc. XIX. Foi através da observação e investigação que fez uma correlação entre as patologias e a suas manifestações físicas.

Osteopatia é considerada uma das disciplinas da medicina alternativa, ou terapêutica não convencional, uma vez que seus princípios filosóficos são diferentes dos da medicina convencional. Os tratamentos usam uma abordagem holística da saúde, considerando que a capacidade de recuperação do corpo pode ser aumentada pela estimulação das articulações. Na prática, os tratamentos da osteopatia estão enfocados em dores nas costaspescoço e demais articulações.


Os Cursos de Osteopatia do IDOT são divididos em 5 níveis, são eles: 

Fonte: http://www.idot.com.br/osteopatia/o-que-osteopatia.html

terça-feira, 7 de julho de 2015

Colágeno não-desnaturado tipo II (UC-II®) no tratamento da artrose.

A cartilagem pode ser considerada uma espécie de mola biológica e tem como unidade básica, os glicosaminoglicanos. O colágeno tem papel principal na estrutura do tecido conferindo-lhe resistência. A composição e a complexa organização estrutural entre o colágeno e os proteoglicanos garantem as propriedades inerentes à cartilagem articular, como resistência, elasticidade e compressibilidade necessárias para dissipar e amortecer as forças, além de reduzir a fricção a que as articulações diartrodiais estão sujeitas sem muito gasto de energia. Portanto, a integridade dos componentes da cartilagem articular é essencial para garantir a função normal das articulações.


Por muito tempo, a artrose esteve ligada exclusivamente ao processo de envelhecimento, porém hoje sabe-se que o processo de degeneração da cartilagem articular inicia-se devido a uma resposta da cartilagem articular normal à injúria ou degeneração artrósica numa tentativa de reparação ineficiente. As propriedades bioquímicas e mecânicas do novo tecido diferem da cartilagem original, resultando numa função inadequada ou alterada. As mudanças da cartilagem na artrose caracterizam-se inicialmente pelo esgarçamento e fibrilação da superfície articular. Além disso, observa-se também uma fragilização da rede de colágeno entre outros acontecimentos, como consequência, temos aumento do volume do tecido devido a uma falta de tensão oriunda da fragilização da rede de colágeno. Ou seja, temos uma cartilagem instável, frágil e incapaz de realizar sua função de proteção e absorção de impactos. Dor articular após exercício vigoroso como subir alguns lances de escada pode ser indicativo de problemas articulares futuros.   
Estudos in vitro demonstraram remodelação da matriz extracelular desencadeada pela citocina em joelho normal após esforço físico intenso, fato semelhante ao ocorrido na artrite reumatóide. O óxido nítrico é produzido em grandes quantidades por condrócitos ativados por citocinas e exerce vários efeitos catabólicos como inibição da síntese de colágeno e proteoglicanos. Deste modo, muitos são os mecanismos envolvidos na patogenia da osteoartrose, levando à degradação da cartilagem e perda da função articular.
A cartilagem articular é composta primariamente de colágeno tipo II. O colágeno tipo II é a mais abundante proteína fibrilar encontrada na cartilagem articular, constituindo cerca de 80% a 85% do conteúdo de colágeno do tecido. Algumas pesquisas sugerem que a suplementação com colágeno tipo II é capaz de modular a saúde articular tanto nas osteoartrites como na artrite reumatóide, assim como reduzir os níveis circulatórios de citocinas inflamatórias. 



Pesquisas demonstram que o colágeno tipo II não desnaturado UC-II® (composição patenteada), pode ser até duas vezes mais eficaz que a condroitina e glucosamina em evitar a progressão da osteoartrose assim como dar mais mobilidade, e flexibilidade as articulações. O colágeno tipo II não desnaturado UC-II® é derivado da cartilagem do esterno do frango, é produzido através de baixas temperaturas garantindo suas características biológicas inalteradas.
Sugere-se que os benefícios articulares do UC-II® esteja relacionado a reversão das mudanças catabólitas causadas pelo esforço físico desativando a resposta imune contra o colágeno tipo II ajudando na reconstrução da cartilagem articular.
UC-II® parece ter eficácia superior a condroitina e glucosamina no que se refere ao controle da dor durante atividades diárias e esportivas.

Apesar dos benefícios apresentados pelo UC-II®, acredito que o mesmo não deve ser utilizado como única forma de tratamento das doenças que envolvem a cartilagem articulares. A atividade física adequada e bem orientada, o tratamento das disfunções através da osteopatia, melhora da postura e o controle do peso corporal são fundamentais para a saúde articular. Mais evidências cientificas são necessárias para a comprovação dos benefícios do UC-II®.

Consulte sempre um fisioterapeuta.

Hugo Duarte Campos
Crefito: 168820-F
(13) 98808-6316

domingo, 5 de julho de 2015

A Reeducação Postural Global (RPG) no controle da dor lombar durante a gravidez.

Segundo o Ministério da saúde, a gravidez não é um estado patológico e sim uma fase de mudanças e adaptações necessárias para que o feto se desenvolva adequadamente.
A dor lombar acomete pelo menos 50% das mulheres gestantes, aumentando o nível de estresse, interferindo negativamente na qualidade do sono, no desempenho profissional e na vida social da gestante. Desta forma, é necessário um tratamento adequado para a lombalgia durante a gestação.
Estudos comprovam que somente orientação médica não é suficiente para resolver o problema da dor lombar entre as gestantes, por outro lado, os exercícios de reeducação postural mostraram ser eficazes para a diminuição dos incômodos lombares.
Durante a gravidez, a mulher sofre várias alterações físicas que permitirão o adequado desenvolvimento do feto. Devido a distensão abdominal e desenvolvimento das mamas, o centro de gravidade se desloca para frente, aumentando a lordose lombar e sua base de sustentação com afastamento dos pés.  Por adaptação, a gestante compensa para trás, aumentando a descarga de peso sobre os calcanhares.
O aumento da lordose lombar devido ao aumento do peso e da sobrecarga aliada aos efeitos de uma possível ação do hormônio relaxina sobre os ligamentos e músculos da coluna vertebral da gestante, contribuem por gerar instabilidade da coluna e instalação de um quadro doloroso..



No RPG (Reeducação  postural global), serão trabalhados os músculos que agem na manutenção da postura, conhecidos também como antigravitacionais, estes músculos são organizados em cadeias musculares. Esta técnica terapêutica se utiliza de posturas especificas para fortalecimento, reorganização e alongamento dos músculos das cadeias musculares, sendo de grande importância no controle da dor coluna lombar tão prevalente entre as gestantes, contribuindo para diminuir as tensões musculares, principalmente de cadeia muscular posterior da região lombar, proporcionando reequilíbrio muscular e realinhamento postural, já que nesta fase o aumento do peso corporal resulta em mudança no centro de gravidade, interferindo diretamente no equilíbrio, locomoção e consequentemente na postura.


O RPG pode reduzir as limitações funcionais, ou seja, melhora a capacidade da gestante em realizar suas tarefas diárias de um modo geral, contribuindo para a melhora da qualidade de vida da mulher e uma gravidez mais tranquila. O número de sessões pode variar dependendo de cada caso, mas normalmente são necessárias de uma a duas sessões semanais durante pelo menos 2 a 3 meses.


É importante enfatizar que a assistência a gestante deve ser multidisciplinar, como preconiza o Ministério da Saúde, oferecendo a mulher, um atendimento que vai além do diagnóstico e tratamento médico convencional relacionado ao bom andamento da gestação. A assistência pré natal deve visar a saúde e qualidade de vida geral da mulher.
A assistência multidisciplinar prevê o trabalho em equipe de profissionais como: psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos, entre outros. Dentro desta nova perspectiva de trabalho interdisciplinar, observa-se que o profissional fisioterapeuta tem fundamental importância e o RPG é uma ferramenta fundamental para um bom andamento da gestação.


Hugo Duarte Campos

Crefito: 168820-F

(13) 98808-6316

terça-feira, 16 de junho de 2015

Entendendo a Hérnia de disco - como ocorre?

Os discos intervertebrais funcionam como amortecedores deformando-se na compressão e, depois voltando ao seu estado normal. As más posturas tanto estáticas (sentado no sofá incorretamente por ex.) como dinâmicas (dobrar as costas para erguer um peso do chão), assim como espasmos musculares crônicos impedem que os discos se reidratem adequadamente e mantenham uma vascularização adequada principalmente em relação a circulação de retorno, favorecendo a chamada estase sanguínea. Todo esse processo de desequilíbrio contribui para um processo degenerativo do disco.


Com o tempo, podem ocorrer pequenas fissuras do anel fibroso (parte externa do disco) e fragmentação do núcleo. Estes fragmentos passam a pressionar o anel fibroso. Com o anel fibroso fragilizado e apresentando fissuras, estes fragmentos no núcleo podem sair através destas fissuras quando o individuo realiza um movimento de extensão após uma flexão da coluna (curvar-se para frente e retornar).
Como consequência do acontecimento anterior, ocorre uma pressão sobre o ligamento longitudinal posterior (ricamente inervado), gerando espasmos musculares reflexo que bloqueará a saída do núcleo do disco.



Na região da quinta vértebra lombar e primeira sacra, pode ocorrer a compressão do nervo ciático, conhecida como neuralgia ciática.


A hérnia de disco é mais comum por volta dos 40 anos de idade e normalmente é o resultado de microtraumas causados pelas más posturas. O agravamento do problema normalmente se dá durante um movimento brusco, queda ou trauma

Dr Hugo D. Campos
Osteopatia - RPG

terça-feira, 9 de junho de 2015

A osteopatia no tratamento da dor nas costas

Uma pesquisa realizada nos EUA, constatou que cerca de 50 milhões de americanos sofrem de dor crônica na coluna vertebral. A dor na coluna ou nas costas pode ter vários motivos: má postura, falta de atividade física, trauma, etc. A dor pode ter várias características, podendo ser ocasional, durante um movimento ou não, em pontada, pode ser uma dor continua em queimação e até mesmo incapacidade, o famoso travamento.
Através de uma avaliação especifica, o fisioterapeuta osteopata irá identificar os locais acometidos por disfunções ou função prejudicada na coluna vertebral para, a partir daí, aplicar as técnicas manipulativas adequadas, proporcionando  que o organismo restabeleça seu equilíbrio natural e inicie um processo de autorregulação e autocura. 

Um estudo publicada no The New England Journal of Medicine, demonstrou que pessoas que receberam tratamento osteopático para dor de coluna, tiveram diminuição considerável da dor e utilizaram menos medicamento do que àqueles que não receberam tratamento com osteopatia. 
A osteopatia utiliza vários recursos de terapia manual e nem sempre a manipulação é necessária. Bons hábitos de vida como atividade física regular e moderada, assim como alimentação saudável e equilibrada e períodos de sono adequados são fundamentais para que o corpo reaja bem ao tratamento. Lembre-se: Cuidar do seu corpo antes que apareça algum problema é sempre o melhor remédio.
Referência: American Osteopathic Association.






domingo, 21 de julho de 2013

ABORDAGEM FISIOTERAPEUTICA NO PÓS OPERATÓRIO DE LIPOASPIRAÇÃO ABDOMINAL

A lipoaspiração consiste na remoção cirúrgica de gordura subcutânea, realizada por meio de cânulas submetidas a uma pressão negativa e introduzida por pequenas incisões na pele. Esse procedimento cirúrgico pode ser realizado com anestesia local (peridural) ou geral, dependendo da quantidade de gordura a ser retirada. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica estabelece um limite seguro de retirada de gordura, que não pode exceder 7% do peso total do paciente (SCHWUCHOW et al., 2008).




A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico, mas também dos cuidados pré e pós-operatórios, que são fatores preventivos de possíveis complicações e promovem um resultado estético mais satisfatório. O não encaminhamento ao tratamento pós-operatório ou o encaminhamento tardio (após 25º – 30º dia de PO) podem privar o paciente de adquirir uma recuperação mais saudável, mais curta e com menos sofrimento físico e/ou psicológico, além de poderem comprometer o resultado final da cirurgia (TACANI et al., 2005).
As complicações mais comuns no pós operatório de lipoaspiração são: hematomas e seromas (normalmente ambos tem melhora espontânea), infecções, fibrose, aderência, hiperpigmentação cutânea (equimose), embolia gordurosa, depressões, perfuração abdominal, necrose e complicações vasculares como trombose venosa profunda (TVP) que pode ocorrer em qualquer tipo de cirurgia, e que apesar de não ser muito frequente é uma das principais causas de óbito em lipoaspiração.


As complicações citadas podem ser evitadas através da correta indicação da cirurgia e pela pratica correta dos procedimentos cirúrgicos, assim como os cuidados específicos, que devem ser tomados tanto no pré, inter e pós-operatório, tanto pelo médico quanto pela equipe multidisciplinar que geralmente esta acompanhando o paciente.
A fase de recuperação é dividida em: inflamatória, proliferativa e de remodelação. 
Estas fases são separadas apenas didaticamente, ocorrendo na realidade superposição e transição contínua e gradual de uma fase para outra. 

Tratamento fisioterapêutico:
Alguns autores relatam que o atendimento fisioterapêutico deve ser iniciado num período de 72 horas a 15 dias após a cirurgia, porém o mesmo pode ser inciado imediatamente dependendo do método utilizado, quantidade de gordura aspirada, experiência do cirurgião, etc. Quanto antes iniciar o tratamento fisioterapêutico, menor o risco de complicações. 
A drenagem linfática manual e o ultrassom de 3MHz são os recursos fisioterapêuticos mais utilizados no pós operatório de lipoaspiração.




A drenagem linfática utilizada no pós-operatório em mulheres submetidas à lipoaspiração diminui o edema, a dor e a ingesta de medicamentos (analgésicos).
A utilização do ultrassom de 3MHz no pós-operatório imediato está ligada ao processo de 
cicatrização. Sua eficácia já está comprovada por inúmeros trabalhos, sendo os protocolos mais efetivos os iniciados imediatamente após a ocorrência da lesão, ou seja, durante a fase inflamatória. O objetivo da utilização precoce do ultrassom é melhorar tanto a circulação sanguínea quanto linfática, possibilitando assim uma melhor nutrição celular. A diminuição da dor também é requerida nesta fase. A reabsorção de hematoma é de vital importância nesta primeira fase, já que a sua evolução pode concorrer para a formação de fibroses. Caso o processo de reparo esteja concluído e existam aderências e fibroses instaladas, o ultrassom pode ser utilizado como coadjuvante na diminuição dessas sequelas, aumentando a elasticidade do tecido conjuntivo.


Este artigo tem unicamente caráter informativo / Consulte sempre um profissional habilitado.

sábado, 23 de março de 2013

O MEL NO TRATAMENTO DA TOSSE EM CRIANÇAS

A TOSSE É UM SINTOMA COMUM EM CRIANÇAS PREJUDICANDO A QUALIDADE DO SONO. OS MEDICAMENTOS DISPONÍVEIS NÃO TEM EFICÁCIA COMPROVADA E MUITOS APRESENTAM EFEITOS COLATERAIS.
EM UMA PESQUISA PUBLICADA NO OFFICIAL JOURNAL OF THE AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS EM 2012, COHEN E COLABORADORES DEMONSTRARAM QUE O MEL É EFICAZ NA MELHORA DA TOSSE EM CRIANÇAS QUANDO COMPARADA A ADMINISTRAÇÃO DE PLACEBO. A PESQUISA FOI REALIZADA EM CRIANÇAS DE 1 A 5 ANOS DE IDADE QUE APRESENTAVAM TOSSE NOTURNA COM DURAÇÃO MENOR QUE SETE DIAS. O ESTUDO COMPAROU TRÊS TIPOS DE MEL: EUCALIPTO, CÍTRICO E FLORAL,  EVIDENCIANDO QUE TODOS SÃO EFICAZES NA DIMINUIÇÃO DA TOSSE.
SEGUNDO A PESQUISA, A ADMINISTRAÇÃO DO MEL DEVE SER REALIZADA EM DOSE ÚNICA (UMA COLHER) 30 MINUTOS ANTES DE DORMIR. OS BENEFÍCIOS FORAM: DIMINUIÇÃO DA FREQUÊNCIA E DA GRAVIDADE DA TOSSE E MELHORA DA QUALIDADE DO SONO. É COMUM A INTOLERÂNCIA DA CRIANÇA AOS XAROPES, O QUE NÃO ACONTECE COM O MEL DEVIDO AO SEU GOSTO AGRADÁVEL.



A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE RECOMENDA MEL PARA O TRATAMENTO DA TOSSE NOTURNA EM CRIANÇAS.

REFERÊNCIA: 
http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2012/08/01/peds.2011-3075.long