A estimulação cerebral profunda envolve a implantação de eléctrodos em um dos núcleos dos gânglios da base e pode resultar em melhora significativa para alguns dos sintomas da doença de Parkinson.
A estimulação cerebral foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) em 2002, como terapia auxiliar na redução de alguns dos sintomas avançados na doença de Parkinson que não são adequadamente controlados com medicação. Normalmente, sintomas como tremores e discinesia (movimentos repetitivos involuntários) são mais susceptíveis de melhora com a estimulação cerebral profunda, ao passo que deficiências na marcha, o equilíbrio e da fala são menos susceptíveis de melhora e pode, em alguns casos, piorar.
Entre os eventos adversos mais preocupantes associados a colocação de eletrodos para a estimulação cerebral profunda são infecção e hemorragia intracraniana. Recentemente, as taxas de infecção com necessidade de nova cirurgia são entre 1,2 a 15,2%. A ocorrência de Infecções, frequentemente exigem a remoção do eletrodo e um período de tratamento com antibióticos antes da sua recolocação. Em uma extensa revisão da literatura, a taxa de hemorragia intracraniana foi calculada em 5%, sendo que óbitos ocorreram em apenas 1,1%. Convulsões pós-procedimento também foram relatados, com uma incidência estimada de 2,4%. Os efeitos neurológicos colaterais na estimulação cerebral profunda incluem déficit cognitivo, déficit de memória, dificuldades com a fala, desequilíbrio, disfagia, deficit motor e distúrbios sensoriais. Efeitos colaterais emocionais ou psicológicos têm incluído depressão, apatia, riso sem causa aparente, choro, pânico, medo, ansiedade e pensamento suicida.
Fonte: The New England Journal of Medicine.
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