sexta-feira, 29 de junho de 2012

Aminoácidos de cadeia ramificada - BCAA



Em humanos saudáveis, nove aminoácidos são considerados essenciais, uma vez que não podem ser sintetizados endogenamente e, portanto, devem ser ingeridos por meio da dieta. Dentre os aminoácidos essenciais, se incluem os três aminoácidos de cadeia ramificada, ou seja, leucina, valina e isoleucina. Esses aminoácidos participam da regulação do balanço protéico corporal além de serem fonte de nitrogênio para a síntese de alanina e glutamina. No tocante à regulação da síntese protéica muscular, verifica-se que a leucina age estimulando a fase de iniciação da tradução do RNA-mensageiro em proteína, por mecanismos tanto dependentes quanto independentes de insulina. No que concerne ao exercício físico, supõe-se que esses aminoácidos estejam envolvidos na fadiga central, no balanço protéico muscular, na secreção de insulina, na modulação da imunocompetência, no aumento da performance de indivíduos que se exercitam em ambientes quentes e na diminuição do grau de lesão muscular.


 


 

REFERÊNCIA:


 

Rogero, M.M.; Tirapegui, J.; Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e exercícios físico, Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas - Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences; vol. 44, n. 4, out./dez., 2008 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

ÁGUA DURANTE O EXERCÍCIO - QUAL A QUANTIDADE CERTA?

O nosso corpo é composto de pelo menos 75% de água. a desidratação pode comprometer o desempenho durante o exercício e aumentar os riscos associados ao esforço e ao calor. 
Segundo a National Athletic Trainer’s Association, muitas pessoas não ingerem voluntariamente água suficiente para prevenir a desidratação durante uma atividade física, por outro lado, o excesso de ingestão de líquidos deve ser evitado, uma vez que também pode comprometer o desempenho e a saúde. Têm sido propostas em consensos internacionais, recomendações sobre a hidratação com o intuito de minimizar os efeitos negativos das perdas hídricas sobre as respostas fisiológicas ao exercício.


Após vários anos de recomendação aos atletas e praticantes de atividades físicas que ingerissem quantidades fixas ou o máximo de líquidos (água pura e bebidas esportivas) a cada 15 ou 20 minutos de exercício para evitar a desidratação, tem sido verificado que esta estratégia de reidratação pode ser excessiva ou mesmo prejudicial à saúde das pessoas. Dados recentes têm demonstrado evidências sobre o crescente número de pessoas que são acometidas pela hiponatremia (baixa concentração de sódio plasmático) durante exercícios físicos prolongados, devido a hiperidratação. 


Em um estudo em 2002, durante uma prova de maratona, foi verificado que 13% dos atletas apresentavam hiponatremia e três atletas tiveram concentrações tão baixas de sódio plasmático que corriam risco de morte. Além disso, no mesmo estudo, foi observado que muitos atletas beberam quantidades excedentes de líquidos a ponto de aumentarem o seu peso corporal ao final do percurso da maratona.
Considerando as discussões atuais sobre os possíveis riscos relacionados ao excesso de hidratação durante o exercício, alguns autores têm defendido a efetividade da ingestão de líquidos de acordo com a sede, isto é, ingestão de líquidos voluntária, como estratégia segura de reposição de fluidos.
As discussões sobre o volume de líquido a ser ingerido durante o exercício para se manter um estado de hidratação adequado ainda continuam. Além da quantidade, a composição da bebida também é tema de muita discussão. É importante ressaltar que as recomendações foram criadas a partir de estudos com indivíduos jovens, saudáveis e, muitas vezes, bem condicionados, o que pode dificultar a sua aplicação de forma mais ampla.
EU, particularmente, acredito que a ingestão adequada deva ser de acordo com a sede, pois o sistema nervoso central é capaz de indicar corretamente o volume de fluido a ser ingerido, a partir de informações por ele integradas sobre todas as demandas do organismo. Além disso, é importante considerar o desenvolvimento do mecanismo da sede como parte do processo evolutivo do ser humano, o qual desenvolveu ao longo do tempo mecanismos diferenciados e perfeitamente integrados para regular o volume e a osmolalidade plasmática, assim como a sua temperatura corporal. Portanto, tanto a falta quanto o excesso podem ser prejudiciais.

Atenção: O conteúdo deste artigo tem como único objetivo a informação.
Antes de inciar qualquer atividade física procure um médico.
Somente o profissional de educação física tem competência para prescrever exercícios físicos.

Referência bibliográfica:
C.A. Machado, AC Vimieiro, Hidratação durante o exercício. Revista Brasileira de Medicina, 2006,  SciELO Brasil.






terça-feira, 26 de junho de 2012

Pré exaustão: Potencializando seu treino



É um método de treinamento que foi utilizado por grandes nomes do fisiculturismo como: Mike Mentzer e Dorian Yates  e seu objetivo é potencializar o treino do músculo principal. 

Na execução dos exercícios básicos, normalmente um músculo menor é levado a exaustão antes que músculo alvo chegue a ser estimulado adequadamente. Um exemplo disto, é o que ocorre com o tríceps durante o treino para peitoral quando escolhemos começar pelo exercício de supino. Ocorre que, para realizar o movimento de extensão do braço, um músculo menor, o triceps, que é o motor primário na extensão do cotovelo, acaba entrando em fadiga antes que o peitoral seja exigido em seu nível máximo, comprometendo sua hipertrofia. Para evitar que isto não ocorra, podemos lançar mão de um método conhecido como pré exaustão, que consiste em realizar um exercício específico para o músculo alvo antes de um exercício básico.

Exemplo: Crucifixo antes do supino, pull over antes do puxador para grande dorsal, abdução de braços antes do desenvolvimento para ombros e extensão de pernas (com caneleiras ou na máquina) antes do agachamento. 


Fig. 1: Exemplo de pré exaustão para peitoral porção superior:



Fig. 2: Exemplo de pré exaustão para glúteo:


A pré exaustão, é apenas uma entre as muitas variações de treino que o (a) praticante de musculação deve lançar mão para que ocorra a quebra da homeostase e assim, continuar a obter ganhos a nível muscular. 



Bom treino!






Atenção:

- Este artigo tem apenas finalidade informativa.
- Antes de iniciar qualquer atividade física, procure um médico.
- O profissional de educação física é o único que está apto a prescrever exercício físico. 


Hugo Duarte Campos - Personal trainer e fisioterapêuta.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lesões musculares - Estiramento


A lesão muscular envolve uma série de processos teciduais, principalmente a degeneração
intrínseca da fibra muscular e a destruição da lâmina basal, o que caracteriza uma desorganização das miofibrilas nos sarcômeros, ruptura de mitocôndrias e retículos sarcoplasmáticos, descontinuidade do sarcolema, alterações dos níveis de cálcio, autodigestão e morte celular (Oliveira, 2004).





O estiramento é causado por alongamento excessivo das fibras musculares, indo além do seu estado fisiológico, onde o músculo é exigido além de sua capacidade. O local de maior ocorrência é a junção miotendínea ou músculo-tendão. Alguns métodos de imagem são capazes de precisar o local da lesão. 
Os grupos musculares mais acometidos pelos estiramentos ou lesão por alongamento excessivo, são os bilarticulares, pois ultrapassam duas articulações e são responsáveis pelo controle do movimento articular, tendo, portanto, a função de não permitir que se exceda os limites articulares. Um exemplo são os músculos posteriores da coxa, que limitam a extensão e desaceleração da extensão durante uma corrida. Estes músculos tem a característica de trabalharem, grande parte do tempo, em contração excentrica. Estes músculos apresentam grande quantidade de fibras rápidas do tipo I1, são bastante vascularizados, gerando rápida resposta inflamatória quando ocorre uma ruptura de suas fibras. Em algumas lesões, pode ocorrer um pequeno rompimento de vasos (equimose) ou rompimento com maior volume de sangue (hematoma).




Classifica-se as lesões de acordo com sua gravidade, dependendo do número de fibras lesionadas:

Grau 1:  Compormetimento de pequena quantidade de fibras. Ocorre dor quando o músculo é solicitado pela contração, especialmente contra a resistência. A dor localiza-se em um ponto específico. O edema pode estar presente. Ocorrem danos estruturais mínimos, a hemorragia é pequena, e a resolução é rápida.

Grau 2:  Praticamente os mesmos achados do grau 1, só que com maior intensidade, geralmente encontrada na junção miotendínea. Resolução mais lenta, com diminuição maior da função e maior número de fibras Musculares lesadas.

Grau 3: Ruptura Completa do Músculo, com completa perda de função e lesão palpável. Dor de leve a intensa com edema e hemorragia grandes.
  

Tratamento:

Fase 1: O grande erro dos atletas e esportistas é insistir em continuar as atividades após sentir a dor característica da lesão muscular. A dor sempre indica que algo está errado e imediatamente devemos iniciar o repouso, seguido de gelo no local, compressão e elevação para diminuir o dano tecidual, sangramento, a resposta inflamatória e dor. 
O ultrassom vem sendo empregado neste tipo de lesão pois influencia a atividade das células . plaquetas, mastócitos, macrófagos neutrófilos envolvidas na fase inflamatória do processo de regeneração tecidual, acelerando o processo de cicatrização. O uso de AINES (antiinflamatórios não esteroidais) poderão ser utilizados sob prescrição médica.

Fase 2: Mobilidade precoce controlada e alongamentos passivos (assistidos), sempre dentro de uma área de conforto. O paciente não pode sentir dor. Natação e exercícios para os membros superiores são estimulados para manter o condicionamento.

Fase 3: Exercícios isocinéticos são iniciados. Estimula-se o uso de bicicleta e de esteira.

Fase 4: Após realizar exercícios isocinéticos sem dor, iniciaam-se corridas em linha reta. Permite-se o uso de exercícios de contração excêntrica. A intensidade do treinamento é gradualmente aumentada e o atleta inicia exercícios de agilidade e arranques.

Fase 5: A fase final é o retorno ao esporte. Não há consenso sobre o retorno as atividades. Todo esforço é feito para realizar os exercícios específicos do esporte sem dor, com a força normal, com a agilidade normal, sem dor, e então, o retorno ao esporte é permitido. Apesar disso, o risco de reincidência permanece alto por um período significativo.


Obs.: Este artigo tem como único objetivo a informação, não substituindo a consulta médica e o tratamento supervisionado pelo fisioterapêuta.

sábado, 16 de junho de 2012

Exercício resistido e emagrecimento.

 A obesidade é provavelmente o mais antigo distúrbio metabólico, havendo relatos da ocorrência desta desordem em múmias egípcias e em esculturas gregas. É um problema de saúde pública e considerada epidemia pela OMS. Este mal cresce a cada ano no Brasil. Em um levantamento feito pelo IBGE com quase 200 mil pessoas entre 2008 e 2009, verificou-se que o sobrepeso está presente em cerca de 30% das crianças e pelo menos 50% dos adultos acima de 20 anos.
Hoje, se fala em ambiente obesogênico, que se caracteriza por pouca ou nenhuma atividade física, consumo de alimentos ricos em carboidratos e gorduras, baixo consumo de alimentos saudáveis como frutas e verduras e excessivo uso das tecnologias (computadores, televisão, video games, etc).


Há algum tempo atrás, a orientação para perda de peso corporal era atividade aeróbica. Os exercícios aeróbios continuam sendo importantes na perda de peso e na manutenção da qualidade de vida das pessoas, mas pesquisas recentes indicam que os exercícios resistidos ou com peso são grandes aliados para a qualidade de vida das pessoas e emagrecimento.
O treinamento resistido acarreta em ganhos de massa muscular, aumentando a taxa metabólica basal (TMB), que é o gasto energético necessário para manter as funções vitais do organismo durante o repouso.
Quando temos aumento da TMB (que corresponde a 70% do gasto calórico de um individuo normal!), aumentamos o consumo de oxigênio (VO2) entrando em um estado de queima de gordura. Este aumento da TMB sedá devido a necessidade de reparo tecidual.



Porém, é importante lembrarmos que para ocorrer anabolismo e ganho de massa muscular é necessário, além de um bom programa de treino, alimentação e repouso adequados.
Mas atenção, aumento de peso na balança, não significa ganho de gordura corporal. Os exercícios resistidos causam aumento de massa muscular (hipertrofia) que aumentará seu peso corporal.
Para sabermos se o treino que estamos realizando está tendo o resultado esperado é importante realizarmos uma avaliação física de composição corporal antes de iniciá-lo, assim como reavaliações periódicas (no mínimo de 6 em 6 meses). Na avaliação de composição corporal é levando em consideração o peso, altura, perímetros e dobras cutâneas do avaliado, permitindo identificar as alterações induzidas pelo programa de exercícios.


Obs.: Antes de iniciar qualquer atividade física, procure um médico. Todo programa de exercícios deve ser prescrito e supervisionado por um profissional de educação física.


Bom treino!



Número de doações de sangue cai mais de 20% em todo o país


Doar sangue é um ato de amor e solidariedade a vida. A doação de sangue deve tornar-se um hábito, pois não custa nada e, não podemos esquecer que amanhã, um parente ou até nós mesmos podemos precisar.



O Ministério da Saúde alerta: os estoques de hemocentros de todo o País começaram a diminuir. Cerca de 300 mil brasileiros (1,8% da população) doam sangue, mas em períodos de frio, chuvas e com a aproximação das férias há redução de 20% a 25% no número de doações. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a queda no número de doações chega a 40%.

O Ministério lembra que qualquer pessoa com peso acima de 50 quilos e idade entre 18 e 67 anos pode doar sangue. Jovens com idade entre 16 e 17 anos também podem doar desde que haja consentimento formal do responsável legal.

Recomendações
Os doadores não podem estar em jejum e devem fazer um repouso mínimo de seis horas na noite anterior. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas por 12 horas, alimentos gorduras por três horas e cigarros por, pelo menos, duas horas antes da doação. Lembre-se: no momento da doação é necessário apresentar documento com foto válido em todo território nacional.


Fonte:

http://drauziovarella.com.br

quinta-feira, 14 de junho de 2012

DOR NO OMBRO

A articulação do ombro é a que permite maior mobilidade e, por isso, apresenta certa instabilidade. Na literatura especializada, é tratada como “o complexo articular do ombro”. Esse complexo é uma região interessante devido à integração de várias articulações e à susceptibilidade a traumatismos. Com relação às alterações musculoesqueléticas, a dor no ombro é muito comum, ficando atrás apenas das dores na região cervical e na região lombar da coluna vertebral.




Na maioria das vezes, a síndrome do impacto é a responsável pelas dores no ombro. A sindrome do impacto do ombro é mais frequente em indivíduos que praticam certas atividades ocupacionais, envolvendo movimentos de lustrar, lixar e moer. Atividades recreativas e esportivas, tais como natação, arremesso e tênis, estão entre as causas mais comuns de síndrome do impacto.




 
 A faixa etária mais atingida por essa síndrome é a terceira idade, 34% da população acima de 65 anos apresenta disfunção do ombro. A prevalência de dores e disfunções no ombro varia entre 4 a 20% da população acima de 40 anos e a incidência destas disfunções aumenta 1% a cada ano.


 A sindrome do impacto do ombro consiste de um processo inflamatório causado por um trauma ou por movimentos repetitivos com o braço em abdução acima de 90°. Sempre que elevamos o braço acima da linha do ombro ocorre atrito do tendão do supra espinhal (um dos músculos do manguito rotador) e/ou a bursa subacromial contra a superfície do acrômio e do ligamento coracoacromial, que formam o arco coracoacromial, gerando uma lesão tecidual acompanhada de um processo inflamatório gerando dor e limitação da amplitide articular nos movimentos do ombro. 


 Etapas da Síndrome do Impacto
1º Fase: Bursite e/ou tendinite - Ocorre o atrito, mas não há rompimento do tendão;
2º Fase: Tendinose e rotura parcial do manguito rotador conjunto dos quatro principais tendões do ombro (supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor). O tendão mais acometido de lesão é o do supraespinal. Nesta situação, o atrito é mais intenso ou crônico, chegando a romper parcialmente o tendão.
3º fase: Na rotura completa do manguito rotador ocorre rompimento do tendão em toda a sua espessura. Há grande tendência da lesão aumentar com o tempo, levando a dores mais intensas, perda gradativa da força e dificuldades para as atividades diárias. Neste caso, não há cicatrização com tratamento clínico.

O tratamento de eleição nas tendinopatias com o acrômio tipo III (ganchoso) que não melhoram com o tratamento conservador, nas lesões parciais e totais de tendões é a vídeoartroscopia de ombro.

Artropatia do manguito rotador: É uma evolução tardia da rotura completa que não foi tratada. Dessa forma, há um grande rompimento dos tendões, levando ao desgaste e envelhecimento da articulação (artrose), com severa limitação funcional e de difícil tratamento. A dor é o principal sintoma, sendo mais intensa no período da noite. Fraqueza, barulho (crepitação) e dificuldade para os afazeres domésticos são outros sintomas. O diagnóstico é feito através de conversa e exame físico, além de raio x, ultra-som ou artro-ressonância magnética.

Quando não há rotura completa, o tratamento clínico é eficaz em 85% dos casos, sendo realizado através de medicação, fisioterapia, correção de vícios posturais e reforço muscular contínuo. Em caso de rotura completa, o tratamento é cirúrgico através da vídeoartroscopia (cirurgia com uso de microcâmeras), que auxilia na melhora da maioria dos casos (80 a 99%). O diagnóstico de certeza pode ser dado através da artrografia, ultrassonografia, ressonância nuclear magnética, etc. A indicação cirúrgica é formal e tem como objetivo a acromioplastia (para descomprimir) e a reconstrução do manguito rotador. Em pacientes idosos, com doenças descontroladas e que apresentem pouco uso do braço no dia-a-dia a cirurgia é evitada.

Existe concordância que a síndrome do impacto do ombro deve ser tratada por medidas conservadoras (antiinflamatórios e fisioterapia). Somente na falha do tratamento conservador num período de três a seis meses é que está indicado o tratamento cirúrgico. A intervenção fisioterapêutica visa melhorar o equilíbrio muscular da região, aumentar a funcionalidade do membro acometido e possibilitar retorno mais rápido às atividades de vida diária, com diminuição das dores.


Objetivos da fisioterapia:

 - Diminuição do quadro álgico;

 - Dimiuir o quadro inflamatório;

 - Devolver ao espaço subacromial sua integridade fisiológica;

 - Restabelecer força aos músculos afetados;

 - Reintegrar paciente à AVD's.


Tratamento fisioterapêutico:

 Mesmo nos quadros agudos, ou até crônicos em que encontramos um quadro álgico intenso, já podemos iniciar um tratamento cinesioterápico no paciente para tentar diminuir sua queixa principal: a dor.

Se temos a dor como manifestação clínica, certamente já temos instalado um quadro inflamatório, o que aumenta o volume das estruturas subacromiais levando a mais fricção das mesmas contra o arco coracoacromial, o vai conduzir a mais dor e mais inflamação.

Com o aumento do quadro álgico o paciente deixará de usar o membro para a maioria dos seus movimentos do dia a dia. O desuso afetará a biomecânica normal no ombro. Se queremos acabar com o quadro inflamatório e conseqüentemente a dor, temos que descomprimir o espaço subacromial. Para tal, entra em cena o programa de fortalecimento dos músculos rotadores do manguito, ou seja, o subscapular, o infra espinhoso e o redondo menor (estabilizadores).

Exercícios de fortalecimento:




 
Se o paciente ainda não consegue realizar os movimentos isotonicamente, podemos intrui-lo a realizá-los isometricamente, contra uma parede, por exemplo, até que o consiga. Segue um roteiro do tratamento:

- Cinesioterapia ativa dos rotadores Int. e Ext.;

- Distensão capsular c/ inferiorização passiva da cabeça do úmero, descomprimindo o espaço subacromial;

- Alongamento (stretch de supra espinhoso);

- Exercícios de Codman, também para descompressão subacromial;

- Crioterapia;

- Medidas eletroterápicas antiinflamatórias: Ultra-som, iontoforese.

Obs: É importante que, durante o tratamento, as atividades que requeiram o uso dos membros superiores sobre a cabeça sejam evitados ou mesmo substituídos, assim como as atividades que possam levar ao impacto subacromial e dor. Com o alívio do quadro álgico e a restauração do arco de movimento completo, todos os músculos da cintura escapular devem ser fortalecidos.


Exercícios de Codman:
 

Add caption


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Evidências de tratamentos para as dores lombares

Olá amigos.

Muitos são os tratamentos e, muitas vezes, além da frustração por não surtirem os efeitos desejáveis, ainda podem causar prejuízos financeiros ao paciente. Portanto acho estes esclarecimentos importantes para os que sofrem de algum tipo de incomodo relacionado a coluna vertebral, mais particularmente da região lombar.


Os meios físicos de tratamento como frio e calor nas diversas modalidades, são meros coadjuvantes no processo de reabilitação. Não atuam sobre as causas e sobre a história natural das síndromes dolorosas lombares, portanto não devem ser usados como única forma de tratamento;

A estimulação elétrica transcutânea (Tens), muito usada nas clínicas de fisioterapia, tem sua real eficácia discutida. Não estando indicada como medida inicial na lombalgia mecânica aguda. Ela deve ser usada como uma ferramenta de analgesia e nunca como principal forma de tratamento;

Os exercícios aeróbicos são comprovadamente eficazes nos casos de dores lombares, porém, o tipo de exercício aeróbio, intensidade e duração devem ser determinados pelo fisioterapêuta. Para algumas pessoas, o aeróbio pode estar contraindicado.

 O fortalecimento da musculatura paravertebral é bastante eficaz  nas lombalgias e lombociatalgias, cito aqui, os exercícios de estabilização segmentar. Mas atenção: Somente o fisioterapêuta poderá indicar os exercícios adequados para cada caso;

O RPG (Reabilitação postural global) tem altas evidências quanto a sua eficácia;

Órteses e tração vertebral necessitam de comprovação através de estudos prospectivos controlados e randomizados de melhor qualidade e consistência metodológica;

A manipulação somente deve ser realizada em casos específicos e por fisioterapêutas capacitados para tal procedimento. Não deixe curiosos estalar suas costas, você pode pagar caro por isso!;

A educação e o esclarecimento dos pacientes são os maiores aliados e fundamentais para a diminuição dos fatores responsáveis pelos quadros de dor. Estudos de meta-análise demostram evidências de que a educação em relação ao que é correto ou não fazer para  a saúde da coluna, têm a curto prazo, melhores resultados que as outras formas de tratamento. Existem ainda moderadas evidências que a educação postural em lombalgias por problemas ocupacionais são bastante efetivas;

Nos problemas relacionados a coluna lombar, a informação é a maior aliada do tratamento. O paciente deve ter conhecimento sobre o que pode e o que não pode fazer para a diminuição das dores e melhora de sua qualidade de vida.

Por Hugo D. Campos



Referências:

Diagnóstico e tratamento das lombalgias e lombociatalgias.
Brazil AV; et all. Revista Brasileira de Reumatologia, vol.44 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2004.

sábado, 9 de junho de 2012

Lesões esportivas - tendinopatias

A maoiria das lesões tendíneas em atletas ocorre por excesso de uso. Nos EUA, compreeendem 30 a 50% das lesões esportivas. Nem todas as lesões de tendões podem ser consideradas tendinites. Recentemente, novas questões foram levantadas sobre o diagnóstico das tendinopatias. Existem, por exemplo, as tendinoses, que são lesões do tendão com ausência de processo inflamatorio, porém com quadro doloroso e de degeneração do colágeno. A partir dessa constatação, o tratamento das lesões tendíneas, devem mudar, principalmente no que diz respeito ao tratamento de redução da inflamação. O tratamento fisioterapêutico deve se concentrar em medidas que promovam a regeneração do colágeno e diminuição do quadro de dor.


Atualmente, pesquisas indicam que a regeneração do colágeno pode ser induzida através da pratica de exercícios de característica excêntrica, ou seja, a fase negativa do exercício (a favor da gravidade).  
O tendão, assim como o músculo e o ligamento, responde ao exercício e à imobilização. Wren e Carter  relatam que "o exercício pode aumentar o tamanho, força e rigidez do tendão e do ligamento mediante a melhora no alinhamento das fibras, aumento do conteúdo, espessura e entrelaçamento entre as fibras de colágeno". Portanto podemos pressupor que os exercícios podem ser um fator positivo no tratamento das tendinopatias.
    A tendinite pode ser intrínseca ou extrínseca, sendo que a primeira é causada por forças dentro ou fora do tendão que promovem mudanças em sua estrutura. Entretanto, estas mudanças são sempre resultado de fatores externos, como por exemplo um treinamento de alta intensidade, a menos que existam patologias do tecido conectivo que afetem o tendão. A lesão tendinosa resultante de fatores externos é comumente denominada lesão por sobreuso (overuse). A teoria por trás da lesão por sobreuso propõe que o tendão está sendo sobrecarregado na região linear da curva força-comprimento e se esta sobrecarga é sustentada por algum tempo, a ruptura de algumas fibras do tendão desencadeia a lesão já que não é dado a ele tempo suficiente para recuperar-se. Alguns exemplos de mecanismos possíveis de lesão são um movimento repetitivo de um segmento corporal como por exemplo, no lançamento no beisebol, a pegada no jiu jitsu ou judô, etc.


A tendinose é uma condição caracterizada pela degeneração do colágeno e ausência de células infamatórias e perda da orientação normal das fibras de colágeno assim como de seu diâmetro. A tendinite é uma condição onde há degeneração e infiltrado inflamatório no tendão. Na tendinose, a patologia do tendão não é do tipo inflamatória mas sim degenerativa, com ausência de infiltrado celular inflamatório, mas com degeneração colágena e ainda existe uma correlação entre a neovascularização (processo patológico constituído por proliferação de vasos sanguíneos em tecidos ou posições anormais) e as mudanças estruturais e a dor nestas tendinopatias.
Agora vocês devem estar me perguntando como vou saber se tenho uma tendinite ou uma tendinose por exemplo do músculo supra espinhal do ombro. Para medir a concentração de substâncias do tendão, existe um exame chamado de microdiálise. Este exame vai medir as concentrações de glutamato e prostaglandina E2 (PGE2), quando não indica altas concentrações de PGE2, não há existência de inflamação.
Concluindo,  a evidência sugere que o exercício eccêntrico contribui para melhorar as tendinopatias, principalmente dos membros inferiores, possivelmente mediante a isquemia nos neovasos e reorganização colágena. Entretanto, ainda não foi estabelecido os mecanismos pelos quais o exercício eccêntrico promove a regeneração do tendão e o desaparecimento dos neovasos, necessitando maiores investigações nesta área. Os exercícios de alongamento não parecem ter qualquer tipo de efeito, negativo ou positivo, sobre as tendinopatias de acordo com a literatura revista. A fisioterapia convencional não possui nenhum tipo de efeito no tratamento das tendinopatias já que a maioria destes métodos de tratamento estão destinados a reduzir processos inflamatórios e os estudos histopatológicos sugerem que não há presença de células inflamatórias no tendão lesionado, ainda que a crioterapia parece ter certo efeito benéfico nestes pacientes. Entretanto, a fisioterapia manipulativa possui efeitos hipoálgesicos em tendinopatias e supostamente poderia contribuir para a normalização do processamento central e periférico da dor. Ainda faltam respostas a certas perguntas básicas como qual é o papel dos neuropeptídeos inflamatórios nas tendinopatias, qual é o melhor protocolo de exercício eccêntrico no tratamento das tendinopatias e se este beneficiaria as tendinopatias nos membros superiores, quanto repouso necessita o paciente na fase aguda de sua apresentação e se este é necessário e qual a duração a longo prazo dos efeitos hipoálgesicos da fisioterapia manipulativa e se este modificam e modulam a sensitização central.



Fonte:
http://www.terapiamanual.com.br/br/artigos.php?v=1&pg=artigos/tendinopatias1.htm

sexta-feira, 8 de junho de 2012

ANDADOR - MALEFÍCIOS E PERIGOS PARA O SEU BEBÊ.

Crianças podem usar andadores?

O grande erro dos pais – em seu total desconhecimento - é achar que o andador ajudará a criança a começar a andar. Isso não é verdade. O andador traz prejuízos no desenvolvimento neuro-psico-motor do bebê.
Por que será que não é bom?
Os motivos são diversos. Vejamos alguns:


1. A criança desde o nascimento passa por etapas do desenvolvimento em que cada fase serve de base para a próxima. Primeiro sustenta a cabeça, depois rola o corpo para os dois lados, arrasta-se de barriga para baixo, senta-se com apoio, depois sem apoio, engatinha (alguns não passam por esta etapa – ver:
http://gustavofisio.blogspot.com/2011/02/meu-minha-filhoa-nao-engatinha-ou-nao.html), ficam em pé para então iniciar os primeiros passos.

2. Em todo desenvolvimento motor a criança explora o ambiente e os objetos à sua volta, desenvolvendo paralelamente o aspecto neurológico. O bebê irá interagir com os objetos a sua volta, irá observar as ações dos adultos e imitá-los.

3. O andador força a criança a saltar várias destas etapas essenciais para o seu desenvolvimento. Impede a criança experimentar as quedas naturais do início da aprendizagem de andar, assim, a aquisição do equilíbrio é limitado e pode ainda deformar a estrutura óssea da perna.

4. Por saltar etapas, o andador atrasa o início da marcha. Se o bebê é pequeno para o andador, usará somente as pontas dos pés para movimentar-se, o que poderá causar alguns problemas ósseos, musculares e tendinosos, além do atraso da marcha, dentre outros.


5. Falsa liberdade - A sensação de liberdade que o andador oferece é ilusão. O andador não deixa a criança explorar adequadamente o espaço em que está. Um simples objeto no chão que desperte a atenção do bebê passa a tornar-se algo inalcançável para o pequeno, pois o andador não oferece condições para que ele chegue à peça.

6. Já o bebê que não usa o andador poderá sentar-se no chão, engatinhar ou apoiar-se nos móveis até chegar ao objeto desejado. Lembre-se: enquanto manuseia objetos e brinquedos, o bebê está desenvolvendo suas capacidades motoras e cognitivas.

7. Os acidentes que podem provocar graves lesões nas crianças são outro problema relacionado ao uso do andador. Os acidentes mais comuns são as quedas quando as crianças usam os pés para se impulsionarem para trás e batem com a cabeça, e ainda as quedas em degraus.


8. De tão prejudiciais e perigosos para as crianças, a venda de andadores em países como o Canadá já é proibida desde 2004.

9. Dados britânicos também mostram que o andador é o equipamento infantil que mais provoca acidentes e lesões, em especial devido à velocidade que os bebês podem atingir.

A maioria dos acidentes acontece quando o bebê se choca em alguma coisa, encontra um degrau ou um obstáculo e o andador vira. Um simples sapato ou brinquedo no meio do chão já pode causar esse tipo de acidente. Em geral, a primeira parte do corpo do bebê a ser atingida em um acidente com andador é a cabeça, podendo haver traumatismos cranianos de diversas proporções - desde leves, sem conseqüências, até bem mais graves e, em casos extremos, fatais.

10. Outro perigo é a falsa sensação de segurança que o andador transmite a quem está tomando conta da criança. Como ela está presa no andador, as pessoas tendem a deixá-la por mais tempo sozinha, quando na verdade deveria acontecer justamente o contrário. O bebê provavelmente fica mais seguro se está no chão, desde que o ambiente tenha sido
preparado para ele.

11. Os estímulos proporcionados pelo andador são inadequados quando comparados com aqueles mais instintivos dados pelos pais que acompanham a criança nos seus primeiros passos.

12. Algumas crianças que utilizam andador por muito tempo tornam-se mais inseguras no momento em que precisam andar sem qualquer apoio, demorando mais tempo ainda para poder andar sozinhas.



O uso do andador compromete muito o desenvolvimento global das crianças. Os pais devem pensar nas consequências do andador antes de comprá-los. Não há criança normal que deixou de aprender a andar por falta do andador.


 Existem andadores modernos onde a criança permanece em pé como na imagem abaixo, para este não há restrição.





 



"O Melhor mesmo é deixar o bebê explorar e se divertir no chão."
Fonte:

Envelhecimento e trabalho: um desafio para a agenda da reabilitação


Olá amigos.
Li este artigo na RBF e resolvi postar pois é um assunto bastante relevante. A população trabalhadora está envelhecendo e este fato levanta algumas questões como a qualidade da capacidade para o trabalhalho destas pessoas.
Boa leitura!
Dr Hugo.

Revista Brasileira de Fisioterapia - Aging and work: a challenge for the rehabilitation schedule

quinta-feira, 7 de junho de 2012

DESIDRATAÇÃO DO DISCO INTERVERTEBRAL

Como o próprio nome diz, o disco intervertebral localiza-se entre um corpo vertebral e outro e e´constituído de anel fibroso e núcleo pulposo. O núcleo pulposo constitui a parte interna do disco e o anel fibroso a parte externa ou periférica do disco. As moléculas do disco tem a capacidade de atrair água, por isso dizemos que são hidrófilos. A parte externa do disco é inervada por nervos sinovertevral e vertebral enquanto o núcleo não apresenta inervação, nem vascularização, portanto a nutrição discal ocorre por difusão através da placa cartilaginosa.



O disco tem importância fundamental, já que é ele que permite os movimentos. Os movimentos ocorrem através de deslizamentos das vértebras, umas em relação as outras e o disco é a única estrutura maleável entre as vértebras. Qualquer alteração nos disco, altera toda a mecânica da coluna, acarretando em alterações estruturais e funcionais. Normamelmente a alteração funcional precede a alteração estrutural (degenerativa), pelo fato do paciente não procurar tratamento adequado assim que ocorrem os primeiros sintomas (dores, espasmos, etc.).
Quem suporta a maior parte da carga exercida sobre o disco é o seu núcleo (75%), o restante recai sobre o anel fibroso (25%). Podemos concluir portanto que, o núcleo é responsável por suportar cargas e o anel fibroso por conter o núcleo, impedindo a expansão demasiada do mesmo.





Quem nunca ouviu falar que ao acordar somos mais altos? Isto ocorre porque quando vamos dormir o disco está desidratado, reidratando-se durante o repouso com o alívio das forças compressivas.
A desidratação discal é um achado frequente em laudos de ressonância magnética. Na imagem  abaixo podemos observar a diferença de cor entre um disco sadio e um disco desidratado. O disco sadio apresenta cor clara, enquanto o disco desidratado apresenta cor escura e diminuição da sua altura.




Com a desidratação do disco, o mesmo tem sua capacidade de absorver cargas prejudicada. Porque isso ocorre? A explicação está no fato de que os proteoglicanos (proteínas extracelulares) e os glicosaminoglicanos estejam morrendo. Os glicosaminoglicanos tem a capacidade de atrair cátions e água, conferindo aos proteoglicanos a função de dar uma característica hidratada a matriz extracelular, além de dar rigidez a mesma, conferindo-lhe a capacidade de resistir a compressão.
A maioria das pessoas com mais de 50 anos de idade apresentam sinais radiológicos de degeneração discal com diminuição da altura do disco e escurecimento de mesmo (desidratação) na ressonância magnética. Estas evidências radiológicas estão presentes em pessoas que nunca sentirão dor nas costas, entretanto, na grande maioria das pessoas esta degeneração é acompanhada de dor.
Na discopatia dolorosa não precisa haver ruptura do disco como na hérnia de disco, sendo mais comum a perda da capacidade de amortecimento e o endurecimento das estruturas discais. A dor, no caso da degeneração discal, é mais localizada, assim como ocorre na lombalgia e sem irradiação como no caso da dor ciática. É importante salientar que a cirurgia só indicada quando o tratamento medicamentoso e a fisioterapia falham. A cirurgia, neste caso, tem como objetivo a reconstrução do espaço com técnicas de artrodese (fixação) e artroplastia discal (prótese discal).







Como chegar aos 100 anos

Não fume, não beba e faça exercícios. É isso o que seu médico diz?
Sim, está certo, mas não é somente isso...

FASE 1 - Para não morrer antes da hora

USE FIO DENTAL: A higiene bucal pode diminuir o risco de doenças cardíacas. Uma pesquisa do Instituto do Coração de São Paulo mostrou que 78% das endocardites bacterianas, uma inflamação da parte interna do coração, são causadas pela falta de limpeza nos dentes.
COMA CHOCOLATE: Para garantir mais alguns aninhos, coma moderadamente. O chocolate contém elementos químicos, chamados fenóis, que podem proteger ou evitar doenças do coração e câncer. Além disso, eles possuem antioxidantes que eliminam os componentes que envelhecem as células.
CASE-SE: Os solteiros têm 5 vezes mais chances de morrer de doenças infecciosas e homicídio. Além de estarem mais predispostos a correr riscos, eles também podem morrer do coração – o índice é 38% maior do que entre os casados.
FAÇA MAIS SEXO: Pesquisas comprovam que pessoas que fazem sexo regularmente são menos estressadas, mais felizes e mais descansadas – todos esses fatores diminuem a pressão sanguínea e protegem contra paradas cardíacas e outras doenças do coração.

FASE 2 - Para estender o prazo de validade

SEJA OTIMISTA: Você está indo bem. Continue sorrindo, que seu risco de morrer cedo será reduzido em 50%. Pessoas que pensam positivo podem viver até 12 anos a mais. Além disso, pessimistas pegam mais resfriados e doenças virais porque vão menos ao médico.
FREQUENTE UMA IGREJA: De qualquer religião. Aí você aumenta a sua expectativa de vida em 1,8 a 3,1 anos. A ciência ainda não descobriu por quê, mas pode ser conseqüência do aspecto social da religião, que diminui o nível de estresse.
SEJA AMIGO DA SUA MÃE: Um estudo da Universidade Harvard, nos EUA, descobriu que 91% das pessoas que não mantinham relação com a mãe delas desenvolviam sérias doenças. Entre elas pressão alta, alcoolismo e problemas cardíacos.
CONTINUE: A ejaculação freqüente está relacionada ao baixo índice de câncer de próstata. Duas vezes por semana pode aumentar sua vida em 10 anos.

FASE 3 - Viver bem quando chegar lá

TENHA UM CACHORRO: Os índices de sobrevivência daqueles que têm animais de estimação é 12% maior do que os que não têm. Aqui o fator é psicológico e físico: atua contra a depressão e estimula o exercício físico.
TENHA MUITAS CRIANÇAS: Quanto mais filhos uma mulher tem, mais tempo ela vive. Um estudo sobre a psicologia do envelhecimento indica que a causa pode ser o contato e suporte dos filhos e dos netos durante a velhice. Você cuidou deles por tanto tempo. Agora é a vez de ser recompensada (o).

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O RPG NA PREVENÇÃO DE LESÕES EM ATLETAS.

Por Hugo D. Campos


O RPG vem sendo usado, nos últimos anos, na prevenção de lesões em atletas de alto rendimento, agindo na prevenção de lesões adquiridas durante treinamentos e competições, através da correeção de desequilibrios musculares, alterações na propriocepção, encurtamentos de cadeias musculares, etc. corrigindo os casos de biomecânica irregular.
As principais alterações posturais encontradas em atletas são: anteriorização de cabeça, protusão de ombros, hiperlordose lombar, rotação interna ou externa de membros inferiores, encurtamento de musculatura posterior de membros inferiores e tornozelo valgo ou varo.
Após avaliação onde serão detectadas as possíveis alterações é traçado um plano de tratamento especifico visando as necessidades do atleta.
Com o tratamento de RPG, o atleta aprende a utilizar toda sua capacidade respiratória e manter postura adequada, já que está livre da maior parte dos encurtamentos e desequilibrios musculares. Tudo isso faz com que o corpo trabalhe em harmonia previnindo desgastes articulares e lesões, otimizando a performance durante os treinos e competições.



terça-feira, 5 de junho de 2012

LOMBALGIA, JIU JITSU E ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR



A lombalgia afeta pelo menos 80% da população adulta do mundo, sendo bastante prevalente entre adultos jovens em fase ativa de vida. A lombalgia é uma das causas mais frequentes de atendimento médico e a segunda causa de afastamento do trabalho. A causa mais comum das dores tem origem nas desordens mecânico - posturais, onde ocorre um desequilibrio entre a carga funcional ou esforço para realizar uma atividade e a capacidade para sua execução (capacidade funcional). 
A dor lombar é uma queixa normal entre os praticantes de Jiu jitsu, que se caracteriza por ser um esporte de extremo contato e com altas exigências físicas. Na maioria das vezes, estas dores são crônicas, ou seja, com duração que perdura por mais de 6 meses, alternando períodos de melhora e piora das dores e, o que é pior, são ignoradas e tidas como normais pelo praticantes, deixando de trata-las, o que pode causar limitações ou até a interrupção da pratica do jiu jitsu. 
Devemos entender que a dor é um sinal de alerta do organismo, indicando que algo não está bem e está na hora de realizar um tratamento ou simplesmente diminuir o ritmo dos treinamentos.  
Existem várias formas de treinamento e profilaxia das lesões no jiu jitsu, assim como de outros esportes de contato, sendo a estabilização segmentar uma das técnicas mais eficázes para evitar ou diminuir as lesões durante a pratica esportiva. A estabilização segmentar surgiu a Australia na década de 90 e hoje vem sendo difundida em diversos paízes. 
A estabilidade vertebral depende da integração entre 3 elementos: o sistema passivo que consiste dos corpos vertebrais, articulações facetarias, cápsulas articulares, ligamentos espinhais e discos intervertebrais que participam da estabilização por meio das propriedades viscoelásticas; o sistema ativo o qual é constituído dos músculos espinhais e seus tendões e o controle neural que recebe informações dos sistemas passivo e ativo, por meio dos receptores, e tem o papel de captar as alterações de equilíbrio e determinar os ajustes específicos, por meio da musculatura da coluna, restaurando a estabilidade.
 Quando um desses sistemas falha, os outros dois se reorganizam para dar continuidade a homeostase. Porém, muitas vezes essa reorganização é inadequada sobrecarregando os subsistemas, promovendo uma cronicidade da disfunção-instabilidade vertebral.





 

   A estabilidade vertebral depende da integração entre 3 elementos: o sistema passivo que consiste dos corpos vertebrais, articulações facetarias, cápsulas articulares, ligamentos espinhais e discos intervertebrais que participam da estabilização por meio das propriedades viscoelásticas; o sistema ativo o qual é constituído dos músculos espinhais e seus tendões e o controle neural que recebe informações dos sistemas passivo e ativo, por meio dos receptores e tem o papel de captar as alterações de equilíbrio e determinar os ajustes específicos, por meio da musculatura da coluna, restaurando a estabilidade.




Existem dois sistemas musculares atuando na estabilidade dinâmica da coluna lombar, são eles:
- Global: São os músculos responsáveis pelo torque (força, movimento) e que atuam na coluna sem serem necessariamnte ligados a ela. São eles: reto abdominal, obliquo externo e iliocostal.
- Locais: São diretamente ligados a vértebra e responsáveis pela estabilidade segmentar. São eles: Multífido lombar, transverso do abdome, obliquo interno (fibras posteriores) e quadrado lombar.

 
Em indivíduos que não possuem lombalgia, conforme Hodges e Richardson, o transverso do abdome é ativado antes do início dos movimentos dos membros. Por ser esse músculo uma estrutura essencial para estabilizar a coluna lombar, a teoria atual preconiza que ao realizar exercícios para a parede abdominal seja enfatizado o recrutamento específico do transverso do abdome, em vez de fortalecimento e endurance gerais, com excessivas repetições de flexão da lombar. Portanto, a identificação do desequilíbrio da musculatura da parede abdominal pode permitir sua correção, podendo evitar ou minimizar estas modificações posturais.








Exercícios específicos para os estabilizadores lombares:
É importante salientar os exercícios tradicionais utilizados para a coluna lombar com a ponte realizada em prono com elevação do tronco juntamente com as pernas, a retroversão da pelve e exercícios em série realizados em aparelhos que podem produzir herniações.
Os exercícios de estabilização segmentar são de resistência, realizados mantendo-se a coluna em posição neutra e ativando a co-contração (contração de vários músculos simultâneamente) dos estabilizadores.
Por meio de um estudo eletromiográfico, Hodges e Richardson , constataram que o músculo transverso abdominal é o primeiro músculo a ser ativado durante movimentos dos membros, concluindo que este músculo é fundamental para a estabilização segmentar. Portanto, ao antecipar-se ao movimento produzido pela ação do agonista, o transverso abdominal atuaria promovendo uma rigidez necessária à coluna lombar, evitando qualquer instabilidade geradora de dor lombar.
Em indivíduos sãos, o transverso do abdome, para proteger a coluna, contrai-se antes dos movimentos das extremidades. Nos lombálgicos esta contração falha antes dos movimentos, demonstrando uma alteração na coordenação desse músculo. O atraso no início da contração do transverso abdominal indica um déficit do controle motor e resulta em uma estabilização muscular ineficiente da coluna.
Existem evidências que comprovam que a musculatura profunda do abdome, especialmente o transverso abdominal e multífido, é afetada na presença de dor lombar e instabilidade segmentar.

 Com a disfunção local ocorre uma substituição compensatória de músculos globais, que pode ser explicada pela tentativa do sistema neural em manter a estabilidade por meio da solicitação dos músculos globais.








Exercício para o transverso abdominal:
Há posições em que se consegue isolar os músculos específicos em isometria, ao mesmo tempo que se relaxam os globais, mantendo a coluna em posição neutra. O exercícios para o transverso abdominal é realizado em 4 apoios, com apoio de pés e joelhos para iniciantes e apenas os pés para intermediários e avançados.










Exercpicios para o quadrado lombar:
Com a ponte lateral conseguimos a ativação do estabilizador lateral, quadrado lombar. Na ponte inicial, o apoio inferior é realizado com o joelho, evoluindo para os pés.
Ativação do multifido lombar:
Deita-se em prono, com os joelhos estendidos e os braços ao longo do corpo. O professor ou terapeuta toca com seus polegares o músculo multifido lombar adjacentes ao processo espinhoso. Solicita então que o paciente realize uma contração leve como se quisesse empurrar os dedos, e a mantém por 10 segundos. Repete-se 10 vezes. deve-se sentir com os polegares   a contração no local palpado e verificar a capacidade de execução de uma contração simétrica e bilateral por parte do paciente, assim como a intensidade e a capacidade da manutenção de forma homogênea, sem compensações.




Referências:


Pereira, Natália Toledo; Ferreira, Luiz Alfredo Braun; Pereira, Wagner Menna. Efetividade de exercícios de estabilização segmentar sobre a dor lombar crônica mecânico-postural. Fisioter Mov. 2010 out/dez;23(4):605-14.
França, Fábio Jorge Renovato; Burke, Thomaz Nogueira; Claret, Daniel Cristiano; Marques, Amélia Pasqual. Estabilização segmentar da coluna lombar nas lombalgias: uma revisão bibliográfica e um programa de exercícios. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.15, n.2, p.200-6, abr./jun. 2008.